Resumo: Apesar de termos no Brasil uma legislação de acessibilidade inclusiva e atualizada, as dificuldades de acesso ainda estão presentes nas cidades e nos edifícios. Nos patrimônios edificados a acessibilidade tem sido tratada caso a caso, o que acaba por dificultar a aplicação de um desenho universal. Poucos estudos associam as questões de acessibilidade, mobilidade urbana e inclusão social. No entanto, essa tríade é a única que permite o acesso ao patrimônio pelo cidadão de forma plena. Esse aspecto torna-se ainda mais imperativo quando se trata de um patrimônio de escala urbana, como os complexos ferroviários remanescentes nos centros urbanos. Esta pesquisa se propõe a discutir como tem sido tratada a mobilidade urbana e a acessibilidade em patrimônios de grande escala, tendo como caso de estudo o Complexo Ferroviário de Sorocaba. Tem como objetivo avaliar como estes fatores impactam o uso e a inclusão social nas edificações tombadas e seus entornos. Os métodos utilizados serão o histórico crítico, para a revisão bibliográfica e o levantamento documental; o empírico, com levantamentos de campo da área do complexo (usos, formas de apropriação e condição atual da acessibilidade) e especificamente de 3 edifícios públicos do complexo em uso, a partir de observação participante e de entrevistas semiestruturadas com técnicos da área patrimonial, gestores e funcionários. Como resultado espera-se contribuir com diretrizes a serem incorporadas em propostas de uso e ocupação e políticas de preservação de patrimônios ferroviários em contextos locais.

 

Palavras-Chave: acessibilidade, patrimônio ferroviário, mobilidade urbana, inclusão social, Sorocaba.