Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo analisar o projeto de restauro da “Casa Grande e Tulha”, concebido pelo arquiteto e urbanista Antônio da Costa Santos, localizado na Av. Arlindo Joaquim de Lemos, 1300, Jardim Proença, Campinas (SP). O imóvel encontra-se salvaguardado nas três instâncias: municipal, estadual e nacional. Visto que na década de 80 o campo preservacionista ainda estava em construção (e ainda está), a escolha do objeto de estudo justifica-se na raridade, pioneirismo e autonomia da proposição do autor do projeto em relação à prática corrente no território brasileiro. Assim, adotam-se os objetivos específicos: (i) promover a discussão conceitual dos referenciais teórico-metodológicos relacionados ao campo da preservação, (ii) compreender o cenário brasileiro a partir da atuação do  IPHAN (1964-1980), (iii) desenvolver análise biográfica do autor do projeto (Antônio da Costa Santos), (iv) análise crítica do projeto de restauro e (v) validar se há diálogo entre a teoria e a prática projetual na Casa Grande e Tulha. A investigação será desenvolvida em quatro etapas: a primeira de caráter teórico-crítico, referente a pesquisa do instrumental do campo da preservação, a segunda voltada ao  objeto de estudo, a terceira relacionada ao autor do projeto e a última, técnico-operacional, na qual serão analisadas as proposições espaciais e seu rebatimento nas tomadas de decisões nos edifícios preexistentes. Adota-se como metodologia a pesquisa historiográfica (documentação primária), bibliográfica, biográfica e exploratória (pesquisa de campo). Portanto, a questão norteadora é mapear o rebatimento dos instrumentos do campo da preservação no território brasileiro, a partir do projeto da “Casa Grande e Tulha”, elaborado na década de 80.

 

Palavras-chave: patrimônio edificado; Carta de Veneza; Casa Grande e Tulha; Antônio da Costa Santos.